terça-feira, junho 21, 2016

Triatlo de Oeiras 2016

Uma semana depois do Triatlo de Peniche aí estava o Triatlo de Oeiras, o qual iria participar pelo 3º ano consecutivo. Se em 2014 fiz um tempo o rondar 1h15m em 2015 cerca de 1h12m, o objectivo para este ano era fazer menos de 1h10m e tentar novamente acabar a prova na primeira metade da tabela.


Para o segmento de natação, e depois do ano passado termos sido totalmente arrasados pela força da corrente, este ano com uma corrente idêntica mudei de estratégia e saí o mais à esquerda possível, não apontando para a bóia mas sim uma dezena de metros para o lado esquerdo da bóia. A natação foi super tranquila, consegui fugir da confusão como estava fora da rota principal, e como eu esperava conforme me aproximei da bóia fui sendo arrastado pela corrente, virando a bóia já junto a esta.

Continuei numa trajectória um pouco aberta, não indo directamente à bóia seguinte, o que acabou por ser bom, continuei sem muita gente à minha volta e principalmente, quando cheguei à bóia reparei que muita gente tinha sido puxada na direcção do areal e estavam com alguma dificuldade em contornar a bóia. A partir daí foi por o piloto automático e seguir até à areia. Acabei com pouco mais de 11 minutos, muito melhor que nos anos anteriores que rondei os 14-15 minutos, mas devido às condições do mar, à real distância percorrida, é sempre algo subjectivo este tipo de comparações.



A transição é sempre algo chata nesta prova, temos de correr na areia seca e a pior parte é mesmo percorrer aquelas rampas desde a areia até ao parque de transição. Começa o segmento de ciclismo e consigo ir logo com um pequeno grupo a uma velocidade a rondar os 40km/h. Pensei que aquilo seria "sol de pouca dura", mas a verdade é que continuámos sempre a rondar aquela velocidade. Entretanto fomos recolhendo vários ciclistas e começou-se a formar um grupo grande, um dos ciclistas que apanhámos foi o meu colega o João Cruz, que saiu muito bem da água pois é um excelente nadador.

Com um grupo grande mais fácil foi de manter aquela velocidade, estava realmente espantado com o meu à vontade dentro daquele grupo, com aquela velocidade nunca me senti demasiado desconfortável, ou a ceder dentro do grupo, bem pelo contrário consegui-me sempre manter bem colocado nas primeiras posições apesar de nunca ter passado pela frente. Quando começámos a subir o Alto da Boa Viagem conseguimos colar a outro grande grupo que ia à nossa frente, nesse grupo ia o Clélio, outro excelente nadador da minha equipa, aliás a minha equipa tem a sua origem na natação, não é de estranhar que a maior parte da equipa nade muito bem.

Um pouco antes de chegar ao retorno ainda reparei no Ricardo Costa que ia cerca de 1km à nossa frente. A seguir ao retorno houve um pequeno esticão, algo que é normal e que esperava, consegui manter-me bem colocado e quando voltámos a subir o Alto da Boa Viagem estive inclusivamente a puxar pelo grupo, eu, a puxar pelo grupo numa subida!


Acabei o segmento de ciclismo com uma média de 40km/h...40km/h, ainda estou para perceber o que se passou para ter conseguido tal média. O tempo final de 29 minutos demonstra bem a minha evolução no ciclismo, neste mesmo percurso fiz 35 minutos em 2014 e pouco menos de 33 minutos em 2015. Ao chegar ao parque de transição vejo o Felício a começar o segmento de corrida, apesar de estar a menos de 30 segundos dele sabia que pela qualidade dele no segmento de corrida nunca o voltaria a apanhar, a tendência seria mesmo abrir um espaço maior entre nós.


Logo que comecei a corrida fui acompanhado pelo treinador do Pre, o Fernando Carmo. Pensei que rapidamente seria descartado por ele mas a verdade é que consegui ir aguentando aquele ritmo. Ainda ultrapassámos diversos atletas e na última pequena subida sofri um bocado para o conseguir acompanhar. Nessa altura cruzámos-nos com o Pre que estava a começar o segmento de atletismo, para quem esteve 1 ano sem competir não estava a correr nada mal. Ao entrarmos na recta da meta a minha ideia era acabar ao lado dele, já que nem somos do mesmo escalão era indiferente quem acabava à frente de quem. Mas acabámos por ser pressionados por um atleta que vinha atrás de nós, e percebi que ele nos iria ultrapassar senão fizesse nada. Aí fiz o que habitualmente faço, com uma ponta final bastante forte deixei toda a gente para trás acabando com cerca de 19 minutos o segmento de atletismo, uma média de 3m50s/km, para quem queria fazer algo a rondar os 4min/km foi outro segmento óptimo.


Acabei por ser, tal como em Peniche, o 3º classificado da minha equipa, contribuído assim para fechar a classificação por equipas, o que me deixa também bastante contente por poder ajudar a que a equipa tenha a melhor classificação possível. O tempo final foi cerca de 1h03m, super contente, acabando no primeiro terço da prova, estando entre atletas que são muito melhores que eu, que treinam muito mais que eu e que se preparam com muito mais cuidado e detalhe que eu. Agora é continuar a treinar bem que o Ironman está cava vez mais perto.

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